Black Sails (Starz)
Com: Toby Stephens (Captain Flint), Hannah New (Eleanor Guthrie), Luke Arnold (John Silver), Jessica Parker Kennedy (Max), Tom Hopper (Billy Bones), Zach McGowan (Captain Charles Vane), Toby Schmitz (Jack Rackham), Clara Paget (Anne Bonny), Hakeem Kae-Kazim (Mr. Scott), Sean Michael (Richard Guthrie), Louise Barnes (Miranda Barlow).
Estreou: 12 de Fevereiro no AXN.
Black Sails é uma série dramática criada por Jon Steinberg e Robert Levine para o canal americano Starz, que estreou em Janeior nos E.U.A. e estreou esta semana no canal AXN. A série funciona como uma prequela ao livro de Robert Louis Stevenson, Treasure Island. A história passa-se cerca de vinte anos antes dos acontecimentos do livro de Stevenson e segue as aventuras do Captain Flint e dos piratas da Ilha de New Providence que ameaçam o comércio marítimo da região. Quando as leis das nações civilizadas os declaram inimigos de toda a humanidade, os piratas adaptam uma doutrina própria...guerra contra o mundo.
Ainda só vi o primeiro episódio, mas parece-me que falta algo à série. Primeiro, alguns piratas andam demasiado limpos e outros demasiado sujos, quase não há meio termo, ou tens os dentes a brilhar ou estás completamente imundo. Começa com uma cena de ataque a um navio bastante boa com algum suspense e a apresentação de Flint, que logo mostra não estar na mó de cima com a sua tripulação. A apresentação da personagem principal feminina, Eleanor Guthrie, revela-se pouco satisfatória e demasiado moderna até para uma ilha cheia de piratas, preferia que ela tivesse cravado com uma chavena na cabeça do pirata que a insultou. Tem intrigas e interesses políticos e comerciais e o desejo exacerbado de riqueza. A frágil liderança de Flint quase que é resolvida e a apresentação do Captain Charles Vane e dos seus dois aliados torna-se o mais interessante do episódio. Será interessante ver a evolução de John Silver, cujo actor não parece ter sido grande escolha; de Billy Bones, que no livro de Stevenson é a personagem atormentada e bêbeda que aparece para dar seguimento a toda a aventura que é Treasure Island; e de Flint que mostrou ser uma personagem bastante temperamental, inteligente e inconstante (o actor foi uma óptima escolha).
A série recebeu críticas más e boas nos E.U.A. (parece que os críticos não gostaram muito, mas os espectadores estão a gostar da série) e no fim de Janeiro já tinha sido renovada para uma segunda temporada de dez apisódios. Mas ainda não me convenceu. Falta um pouco da alma dos Piratas das Caraíbas e talvez um pouco mais das características que são atribuídas a Flint e Silver no livro de Stevenson mesmo com a acção a desenrolar-se vinte anos antes. E esperemos que Michael Bay, um dos produtores da série, não tenha nenhuma palavra sobre o guião. De resto, é ver como a coisa evolui.
Nota: As legendas do AXN estão muito fracas. Já tinha reparado em gralhas noutras séries, mas as desta série deixam mesmo muito a desejar.
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