Station Eleven foi um dos livros mais bem recebidos pela crítica no ano passado, vencendo o Artur C. Clarke Award, prémio de melhor romance de ficção científica publicado no ano anterior. É o quarto romance de Emily St. John Mandel, autora canadiana. No livro, tudo começa com a encenação de King Lear, onde o actor principal, uma vedeta de Hollywood, Arthur Leander, tem ataque cardíaco e morre em palco. Na mesma noite espalha-se um vírus da gripe que aniquila quase toda a população do planeta. A história segue então um conjunto de personagens improváveis, que estiveram de alguma forma ligadas ao actor morto. Damos vários saltos no tempo para o antes e o depois da gripe, onde é possível perceber que tipo de mundo existe vinte anos depois do surto, ao mesmo tempo que descobrimos as pequenas vicissitudes que levaram Arthur àquele momento. Foi um dos melhores livros que li este ano, não conseguia parar de ler. Ainda tenho vontade de ler a banda desenhada de que se fala ao longo de todo o romance. A prosa de Emily é muito boa e a forma como ela acaba a história torna todos os momentos que nos apresentou ao longo do romance ainda mais interesantes, a autora optou pelo caminho menos óbvio e funcionou perfeitamente.
Autora: Emily St. John Mandel
Editora: Knofp
Ano: 2014
An audacious, darkly glittering novel set in the eerie days of civilization's collapse, Station Eleven tells the spellbinding story of a Hollywood star, his would-be savior, and a nomadic group of actors roaming the scattered outposts of the Great Lakes region, risking everything for art and humanity.
One snowy night Arthur Leander, a famous actor, has a heart attack onstage during a production of King Lear. Jeevan Chaudhary, a paparazzo-turned-EMT, is in the audience and leaps to his aid. A child actress named Kirsten Raymonde watches in horror as Jeevan performs CPR, pumping Arthur's chest as the curtain drops, but Arthur is dead. That same night, as Jeevan walks home from the theater, a terrible flu begins to spread. Hospitals are flooded and Jeevan and his brother barricade themselves inside an apartment, watching out the window as cars clog the highways, gunshots ring out, and life disintegrates around them.
Fifteen years later, Kirsten is an actress with the Traveling Symphony. Together, this small troupe moves between the settlements of an altered world, performing Shakespeare and music for scattered communities of survivors. Written on their caravan, and tattooed on Kirsten's arm is a line from Star Trek: "Because survival is insufficient." But when they arrive in St. Deborah by the Water, they encounter a violent prophet who digs graves for anyone who dares to leave.
Spanning decades, moving back and forth in time, and vividly depicting life before and after the pandemic, this suspenseful, elegiac novel is rife with beauty. As Arthur falls in and out of love, as Jeevan watches the newscasters say their final good-byes, and as Kirsten finds herself caught in the crosshairs of the prophet, we see the strange twists of fate that connect them all. A novel of art, memory, and ambition, Station Eleven tells a story about the relationships that sustain us, the ephemeral nature of fame, and the beauty of the world as we know it.
Título: Estação Onze
Editora: Editorial Presença
Tradução: Rita Figueiredo
Colecção: Via Láctea
Ano: 2015
Um romance ousado em torno de um acontecimento que abalou o mundo, Estação Onzeconta-nos a cativante história de um grupo de pessoas que arriscam tudo em nome da arte e da sociedade humana.
Kirsten Raymonde nunca conseguiu esquecer a noite em que Arthur Leander, um ator famoso, morre no palco quando representava O Rei Lear. Foi nessa fatídica noite que teve início uma pandemia de gripe que veio a destruir, quase por completo, a humanidade. 20 anos depois, Kirsten é uma atriz de uma pequena trupe que se desloca por entre as comunidades dispersas de sobreviventes a representar peças de Shakespeare e a tocar música. No entanto, tudo irá mudar quando a trupe chega a St. Deborah by the Water.
Abrangendo várias décadas e retratando de forma fulgurante a vida antes e depois da pandemia de gripe, este romance repleto de suspense e emoção confronta-nos com os estranhos acasos do destino que ligam os seus personagens. Estação Onze fala-nos das relações que nos sustentam, da natureza efémera da fama e da beleza do mundo tal como o conhecemos.
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