Linhas de Wellington é o filme português do momento, mas só estreará a 4 de Outubro. O épico sobre a terceira invasão francesa a Portugal volta a juntar o trio Raúl Ruiz, Paulo Branco e Carlos Saboga depois de Os Mistérios de Lisboa (2010).
O filme conta com um orçamento de quatro milhões e meio de euros e com um elenco de luxo a nível internacional e nacional. John Malkovich, Marisa Paredes, Mathieu Amalric, Catherine Deneuve, Michel Piccoli, Joana de Verona, Gonçalo Waddington, Afonso Pimentel, Albano Jerónimo, Carloto Cotta, Soraia Chaves e Nuno Lopes.
Linhas de Wellinhgton é um projecto que começou a ser dirigido pelo realizador chileno Raúl Ruiz, que foi substituído por Valeria Sarmiento após o seu falecimento. Com a ajuda do produtor Paulo Branco, Valeria Sarmiento continuou o projecto do marido que tem como pano de fundo as aventuras de várias personagens de todas as condições sociais: soldados e civis; mulheres e crianças; jovens e velhos.
Este filme é candidato ao Leão de Ouro da 69ª edição do Festival de Cinema de Veneza de 29 de Agosto a 8 de Setembro. Integrará o Festival de Toronto de 6 a 16 de Setembro numa das principais secções do festival canadiano, a secção Special Presentations. Passará fora de competição 60ª edição do Festival de San Sebastion de 21 a 29 de Setembro. Integrará ainda a selecção oficial do Festival de Cinema de Nova Iorque de 28 de Setembro a 14 de Outubro.
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Excerto:
Em 27 de Setembro de 1810, as tropas francesas comandadas pelo marechal Massena, são derrotadas na Serra do Buçaco pelo exército anglo-português do general Wellington.
Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se a marchas forçadas diante do inimigo, numericamente superior, com o objectivo de o atrair a Torres Vedras, onde Wellington fez construir linhas fortificadas dificilmente transponíveis.
Simultaneamente, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e as linhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que tolhe aos franceses toda a possibilidade de aprovisionamento local.
É este o pano de fundo das aventuras de uma plêiade de personagens de todas as condições sociais – soldados e civis; homens, mulheres e crianças; jovens e velhos -, arrancados à rotina quotidiana pela guerra e lançados por montes e vales, entre povoações em ruína, florestas calcinadas, culturas devastadas.
Perseguida encarniçadamente pelos franceses, atormentada por um clima inclemente, a massa dos foragidos continua a avançar cerrando os dentes, simplesmente para salvar a pele, ou com a vontade tenaz de resistir aos invasores e rechaçá-los do país, ou ainda na esperança de tirar partido da desordem reinante para satisfazer os mais baixos instintos.
Todos, quaisquer que sejam o seu carácter e as suas motivações – do jovem tenente idealista Pedro de Alencar, passando pela maliciosa inglesinha Clarissa Warren, ou pelo sombrio traficante Penabranca, até ao vindicativo sargento Francisco Xavier e à exuberante vivandeira Martírio -, convergem por diferentes caminhos para as linhas de Torres, onde o combate final deve decidir do destino de cada um.
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