quarta-feira, 5 de junho de 2013

Stephen King, o Senhor do Horror

Autores:
Stephen King [1947-]

Senhor de uma bibliografia bastante extensa, Stephen King é um nome de referência na literatura de horror, que gozou e ainda desfruta de uma enorme popularidade, e cujas obras foram e continuam a ser adaptadas ao cinema e à televisão, sendo que algumas obtiveram enormes sucessos de bilheteira e outras se tornaram bastante icónicas ou ganharam bastante reconhecimento. Mas são os vários prémios que o autor ganhou dentro do género do horror e a quantidade de best-sellers, que provam a sua qualidade e popularidade. Fenómeno de vendas extremamente popular ao longo de três décadas, Stephen King tem mais de setenta livros publicados, encontra-se entre os autores que venderam entre 300 a 350 milhões de cópias e já recebeu vários prémios pelos seus romances e contos dentro do género da fantasia, sobrenatural, horror e suspense.

Stephen King nasceu em 21 de Setembro de 1947 em Portland, no Maine. Segundo filho de Donald e Nellie Ruth Pillsbury King, ficou fascinado pela ficção científica e terror produzidos por Hollywood nos anos 50. Começou a escrever aos 7 anos de idade e aos 12 já submetia histórias para algumas publicações. Despois de estudar na Universidade do Maine em Oronto, onde conhece Tabitha Spruce com quem casou em 1971, leccionou durante algum tempo e empregou-se como operário numa lavandaria, uma vez que a sua vida sempre tinha sido marcada pelas dificuldades financeiras. No entanto, aquando da publicação de Carrie (1973) pela Doubleday, a sua vida ganha um novo ânimo. Em apenas dez anos torna-se num dos autores de horror mais vendidos e populares. The Shining é publicado em 1977 (que seria adaptado ao cinema em 1980 por Stanley Kubrick) e The Stand (1978).

As suas principais influências vêmdo romance gótico e de autores como Bram Stoker, H. P. Lovecraft, Robert E. Heinlein, Richard Matheson e Shirley Jackson. Criou inclusive um pseudónimo sob o qual escreveu contos durante algum tempo, como Rage (1977), Roadwork (1981) e Thinner (1984). O autor escreveu também BD nos anos 80 e criou a série The Dark Tower, uma série de fantasia com elementos de terror que conta com oito títulos desde 1982 até 2012. Em 1996 publicou seis volumes em paperback da série The Green Mile, que seria adaptada ao cinema em 1999 por Frank Darabont, o aclamado realizador de The Shawshank Redemption (1994) e posteriormente de The Mist (2007), ambos baseados em histórias de Stephen King. Depois de um grave atropelamento em 1999, Stephen King teve de ser submetido a várias cirurgias e passou um longo período de recuperação durante o qual escreveu as suas memórias no livro On Writing (1999). Mais recentemente, escreveu Cell (2006) e adaptou alguns dos seus romance a BD, nomeadamente The Dark Tower (2007), The Stand (2008), e The Talisman (2009). Entre os seus últimos romances publicados estão Duma Day (2008), Ur (2009), Under the Dome (2009), Joyland (2013). Anunciou ainda, no seu site pessoal, que está a escrever Doctor Sleep (previsto para ser lançado em Setembro), uma sequela de The Shining, em que revisita a personagem de Danny Torrance agora adulto.
  
A sua popularidade deve-se ao facto de se apresentar em público de forma despretensiosa e de muitos dos seus leitores terem baixas qualificações literárias, pois escreve de um modo simples e acessível. Também os temas abordados nos seus romances o tornam um escritor popular, abordando temas como o alcoolismo, a desintegração familiar, a pedofilia, violência infantil, ou temas populares como a inserção ou falta dela, de jovens americanos na sociedade e temas mais sombrios como o isolamento e a psique humana. Marginalizado e ignorado pela cultura dominante e até considerado um escritor de segunda categoria, o certo é que grande parte dos seus romances foram adaptados ao cinema e à televisão. As suas histórias são muitas vezes consideradas de gosto duvidoso, com um goticismo exagerado e frequente intrusão do sobrenatural nos seus romances, mas mesmo assim a sua popularidade mantém-se constante. Pode dizer-se que Stephen King é um homem e escritor de horror completo, porque como clarifica o próprio autor, que transporta para as suas obras elementos da sua vida real como foi o caso do alcoolismo:

The autobiography of a father, writer, and x-high cchool teacher would make dull reading indeed. I am a writer by trade, which means that the most interesting things that have happened to me have happened in my dreams. But because I am a horror novelist and also a child of my times, and because I believe that horror does not horrify unless that reader or viewer has been personally touched, you will find the autobiographical element constantly creeping in. (King, Danse Macabre, 2010: 26).

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