sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Rapariga Que Roubava Livros

Markus Zusak
A Rapariga Que Roubava Livros
2005

Molching, um pequeno subúrbio de Munique, durante a Segunda Guerra Mundial. Na Rua Himmel as pessoas vivem sob o peso da suástica e dos bombardeamentos cada vez mais frequentes, mas não deixaram de sonhar. A Morte é a narradora omnipresente e omnisciente e através do seu olhar intemporal, é-nos contada a história da pequena Liesel e dos seus pais adoptivos, Hans, o pintor acordeonista, e Rosa, a mulher com cara de cartão amarrotado, do pequeno Rudy, assim como de outros moradores da Rua Himmel, e também a história da existência ainda mais precária de Max, o pugilista judeu, que um dia veio esconder-se na cave da família Hubermann. Um livro sobre uma época em que as palavras eram desmedidamente importantes no seu poder de destruir ou de salvar. Um livro luminoso e leve como um poema, que se lê com deslumbramento e emoção.

Momento Steampunk (3)


Sapatos

Detestável Futilidade


















São um pouco altos e não devem ser muito confortáveis, mas são absolutamente lindos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Noite e o Sobressalto

Autor: Pedro Medina Ribeiro
Título: A Noite e o Sobressalto
Editora: Oficina do Livro
Ano: 2010
Páginas: 181

A Noite e o Sobressalto é uma colectânia de sete contos de mistério com elementos do sobrenatural e de horror. Os contos são todos bastante diferentes e bastante interessantes de acordo com as temáticas em questão. Curiosamente, este contos fazem-me lembrar os contos de Sheridan Le Fanu e as suas confissões ao escrever com temor de não estar à altura da descrição dos acontecimentos ou ainda pelos temas abordados. A escrita é prazenteira, acessível e as histórias lêem-se num ápice. Confesso que lia mais uns quantos contos deste tipo, por gostar imenso dos temas aboraddos, mas principalmente pela forma como o autor aborada o aassunto, desenvolve rapidamente e termina deixando a história aem aberto ou como encerra a história, sempre de forma diferente, bem ao género das antigas histórias góticas que envolviam o sobrenatural ou das antigas lendas de mistério assustadoras.

De uma forma geral os contos são bastante satisfatórios, sendo os meus preferidos "Post Mortem", "O Caminheiro", "A Séance" e "Mandrágora" exactamente por esta ordem. Os mais fracos são "A Herança", que poderia ser mais bem trabalhado e "A Face Obscura da Lua", que apesar de ter uma forte componente saguinária, também poderia ter sido melhor elaborado. Desta forma, fiquei com vontade de ler o outro livro do autor, o romance O Diletante e a Quimera.

"A Séance"
No primeiro conto viajamos até Berlim para uma sessão de espiritismo com consequência tenebrosas e revelações supreendentes. Este primeiro conto coloca em oposição o racional e as forças sobrenaturais, acabando com uma vingança interessante.

"A Face Obscura da Lua"
Este conto leva-nos até Praga e arredores, onde descobrimos um monstro terrível e cenas e imagens absolutamente assutadoras. Com uma forte componente do antigo romance gótico, onde havia criaturas atrozes em aldeias pequenas com mansões e propriedades grandes nos arredores, o leitor é transportado para o mundo dos monstros com alguma consciência. Creio que podia ter sido mais bem elaborado, mas as mortes e o sangue compensam em terror e horror.

"O Caminheiro"
O conto remonta às lendas e fábulas de antigamente, a uma figura mitológica que aterrorizava os viajantes solitários. Talvez seja o mais ambiguo por nunca chegarmos a saber ao certo de que forma o caminheiro sugava a energia aos viajentes, podendo ser através de feitiços, do toque ou de alguma espécie de veneno ou ainda pelas três. Termina de forma surpreendente e inesperada.

"Mandrágora"
Aqui, vamos a tempos idos, onde a religião e a caça às bruxas e aos objectos de bruxaria inperavam num ciclo vicioso, onde a punição por possuir elementos ligados à bruxaria era a morte. De forma curta e concisa, o autor conta como este ciclo vicioso acontece.

"Post Mortem"
O leitor viaja até ao Alentejo profundo para testemunhar conversas estranhas e visões persistentes. Confesso que este conto é o meu preferido, exactamente pela forma como termina, misturando a loucura e o suícidio num ciclo vicioso, onde haverá sempre uma próxiam vitima.

"O Monstro Marinho"
Este pequeno conto remonta ao antigo mundo da mitologia grega relacionada com monstros marinhos. É pequeno e, apesar de não ser o melhor conto, tem o essencial, acabando de forma inesperada.

"A Herança"
Neste último conto vamos até Londres, ao mundo dos negócios maritimos e a maldições dificeis de quebrar. O elemento sobrenatural aqui é poderosa maldição com poder suficiente para atingir várias embarcações comerciais. O conto tem também uma parte racional, lógica e prática dos acontecimentos e lida com as dificuldades de acreditar em tais possibilidades sobrenaturais. Este conto, que também é o mais lomgo, é o que podia ter sido mais bem trabalhado a nível da escrita.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Clube de Leitura Bertrand do Fantástico

 A próxima sessão do Clube de Leitura Bertrand do Fantástico de Lisboa terá lugar no dia 14 de Junho, Sexta-Feira, pelas 18:30 na Bertrand do Picoas Plaza e será mediada, como sempre, por Rogério Ribeiro. O livro a debater será A Noite e o Sobressalto de Pedro Medina Ribeiro e sessão conta com a presença do autor português. Também para debate estão as obras de Edgar Allan Poe.

Pedro Medina Ribeiro nasceu em Lisboa em 1977. Descobriu o prazer da escrita na Faculdade de Ciências onde foi colaborador de publicações universitárias. No entanto, quando terminou a licenciatura seguiu outra paixão: o ensino. Actualmente é professor de Físico-Química em Lagos, localidade onde vive.

Do génio de Edgar Allan Poe já haverá pouco a dizer. O autor, poeta, editor e crítico literário americano viveu entre 1809 e 1849 e é conhecido pelas suas histórias de mistério e macabro. Entre as suas obras mais conceituadas está o poema The Raven e contos como The Pit and the Pendulum, The Fall of the House of Usher e The Murders in Rue Morgue.

O Livro de Pedro Medina Ribeiro:

O que têm em comum Londres, Berlim, Alentejo ou Praga? São cenários onde se desenrolam as histórias reunidas neste livro, na tradição da narrativa fantástica de Edgar Allan Poe, ou Sir Arthur Conan Doyle.
Pedro Medina Ribeiro, numa escrita elegante e rica em imagens, transporta-nos para um universo de mistério em que nem tudo é o que parece, cativando o leitor pela qualidade da narrativa e prendendo-o pela curiosidade, só o largando no final de cada história, de forma repentina e surpreendente. Em sobressalto.

No prefácio da obra, a escritora Deana Barroqueiro escreveu: "Com uma linguagem elegante e rica de matizes, o autor esculpe com as suas metáforas, comparações e jogos de palavras o absurdo do mundo de aparências, que é o das suas personagens, sem deixar todavia de ser o nosso, revelando com esse distanciamento a sua maturidade como escritor."

quarta-feira, 12 de junho de 2013

As Séries Televisivas Mais Bem Escritas de Sempre

Recentemente, a associação norte-americana Writers Guild of America, publicou uma lista com as 101 séries mais bem escritas de sempre.
O primeiro lugar é de Sopranos, a aclamada série sobre uma família mafiosa, o segundo lugar é de Sienfeld, a comédia mais irreverente dos anos 90, e em terceiro lugar ficou The Twilight Zone, que mistura elementos dos fantástico com thriller psicológico, suspense e alguns twits inesperados.
Apesar de não discordar do top três, até porque só vi uma destas séries, tenho algumas dúvidas em relação a algumas séries muito bem classificadas que não considero tão boas quanto isso e outras menos bem classificadas que mereciam mais destaque. Creio que séries como Band of Brothers, Dexter e Homeland ficaram muito mal classificadas. Por outro lado, Mad Man está muito acima do esperado e há ainda o caso ambíguo de Lost, que tem uma primeira temporada muito boa, mas que perde o interesse nas seguintes. Seguindo a linha de pensamento em relação a Lost, também Heroes merecia estar aqui pela primeira temporada, que depois se perde completamente nas seguintes.

Fica aqui a lista com os primeiros 25 lugares:

1.  THE SOPRANOS
Created by David Chase
"A mobster in therapy, having problems with his mother," was how The Sopranos initially sparked, according to creator David Chase, though he was thinking about the premise for a feature film... READ MORE 

2.  SEINFELD
Created by Larry David & Jerry Seinfeld
At the end of Seinfeld’s run, Jerry Seinfeld commented that one of the more underrated aspects of his show was the number of its locations and sets, creating a sense of indoor-outdoor movement... READ MORE 

3.  THE TWILIGHT ZONE
Season One writers: Charles Beaumont, Richard Matheson, Robert Presnell, Jr., Rod Serling
No show in the history of television has lingered in the imagination quite like Rod Serling’s anthology series... READ MORE 

4.  ALL IN THE FAMILY
Developed for Television by Norman Lear, Based on Till Death Do Us Part, Created by Johnny Speight
Asked how he’d been able to be so controversial on All in the Family, creator Norman Lear said in 2009: “I don’t really know how to explain it...” READ MORE 

5.  M*A*S*H
Developed for Television by Larry Gelbart
M*A*S*H remains the only long-running series, comedy or drama, set around a war zone... READ MORE 

6.  THE MARY TYLER MOORE SHOW
Created by James L. Brooks and Allan Burns
The MTM brand, under Moore and then-husband Grant Tinker, was responsible for an iconic run of comedies (and dramas) in the 1970s, beginning with The Mary Tyler Moore Show... READ MORE 

7.  MAD MEN
Created by Matthew Weiner
Matt Weiner wrote the Mad Men pilot nearly a decade before it found a home as the first scripted drama at AMC, where the series debuted in the summer of 2007... READ MORE 

8.  CHEERS
Created by Glen Charles & Les Charles and James Burrows
The qualities that made The Mary Tyler Moore Show a seminal sitcom in the 1970s gave Cheers the same importance to the ’80s... READ MORE 

9.  THE WIRE
Created by David Simon
No series, arguably, is more responsible for the novelistic ambitions possible for television writers now... READ MORE 

10.  THE WEST WING
Created by Aaron Sorkin
“The people who get angry at us on one Wednesday night will be standing up and cheering the next Wednesday night,” Aaron Sorkin wrote in Written By before The West Wing premiered... READ MORE 

11.  THE SIMPSONS
Created by Matt Groening, Developed by James L. Brooks and Matt Groening and Sam Simon
The Simpsons is as ineffable as American humor gets. Among the show’s landmarks (hitting 100 episodes, then 200, then 500)... READ MORE 

12.  I LOVE LUCY
"Pilot," Written by Jess Oppenheimer & Madelyn Pugh & Bob Carroll, Jr.
Though the show won an Emmy as Best Comedy, the writers were never so honored... READ MORE 

13.  BREAKING BAD
Created by Vince Gilligan
Creator Vince Gilligan said he was joking with Tom Schnauz that the two former X-Files writers might have to rent an RV and cook crystal meth if their stalled Hollywood careers didn’t turn around... READ MORE 

14.  THE DICK VAN DYKE SHOW
Created by Carl Reiner
Carl Reiner has said he based his first sitcom on his experiences as a writer on Your Show of Shows, working for temperamental star Sid Caesar while also trying to be a husband and father... READ MORE 

15.  HILL STREET BLUES
Created by Michael Kozoll and Steven Bochco
Low-rated in its infancy, Hill Street Blues broke as many TV storytelling rules as its ultimate success helped establish for cop shows... READ MORE 

16.  ARRESTED DEVELOPMENT
Created by Mitchell Hurwitz
Mitchell Hurwitz offered a glimpse into his take on the family sitcom when he spoke of his own parents’ refusal to “quietly disappear into their middle age...” READ MORE 

17.  THE DAILY SHOW WITH JON STEWART
Created by Madeleine Smithberg, Lizz Winstead; Head Writer: Chris Kreski; Writers: Jim Earl, Daniel J. Goor, Charles Grandy, J.R. Havlan, Tom Johnson, Kent Jones, Paul Mercurio, Guy Nicolucci, Steve Rosenfield, Jon Stewart
It began as The Daily Show (hosted by Craig Kilborn) in 1996... READ MORE 

18.  SIX FEET UNDER
Created by Alan Ball
Alan Ball pushed dramatic television into uncharted territory with his series about the Fishers and their Los Angeles funeral home... READ MORE 

19.  TAXI
Created by James L. Brooks and Stan Daniels and David Davis and Ed Weinberger
Post-Mary Tyler Moore Show, James L. Brooks, Stan Daniels, Ed Weinberger and David Davis left MTM, formed their own company... READ MORE 

20.  THE LARRY SANDERS SHOW
Created by Garry Shandling & Dennis Klein
Having lampooned himself – and sitcoms generally – on the meta It’s Garry Shandling’s Show, Shandling this time trained his comedic radar onto the fear and self-loathing backstage at a late-night talk show... READ MORE 

21.  30 ROCK
Created by Tina Fey
Tina Fey’s canny take-off on her former life as head writer on Saturday Night Live, 30 Rock was initially viewed as “too inside” for a mass audience... READ MORE 

22.  FRIDAY NIGHT LIGHTS
Developed by Television by Peter Berg, Inspired by the Book by H.G. Bissinger
Peter Berg wrote and directed the pilot of a show that was the second adaptation of H.G. Bissinger’s non-fiction narrative about the impact of high school football on the hearts, minds and lives... READ MORE 

23.  FRASIER
Created by David Angell & Peter Casey & David Lee, Based on the character "Frasier Crane" created by Glen Charles & Les Charles
The Grub Street Productions team of Casey-Angell-Lee furthered the work they’d done on Cheers by moving psychologist Frasier Crane from Boston to Seattle and giving him a radio call-in show... READ MORE 

24.  FRIENDS
Created by Marta Kauffman & David Crane
Co-creators Marta Kauffman and David Crane met in the theater program at Brandeis; by the time they created Friends, they had added a third partner, Kevin Bright... READ MORE 

25.  SATURDAY NIGHT LIVE
Season One: Head Writer: Michael O’Donoghue; Written by: Ann Beatts, Chevy Chase, Tom Davis, Al Franken, Rosie Michaels, Garrett Morris, Michael O'Donoghue, Herb Sargent, Harry Shearer, Tom Schiller, Alan Zweibel
In his 2009 memoir, writer-performer Tom Davis conjures the small gang of writers standing outside Lorne Michaels’ office... READ MORE 

The Hobbit: The Desolation of Smaug

Depois do cartaz promocional, já há trailer de The Hobbit: The Desolation of Smaug.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Feira do Livro de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa terminou dia 10 (Segunda-Feira), o dia de Portugal, segundo o que parece, com saldo positivo em termos de visitantes. E pelo que vi dos dias que lá estive, houve algumas editoras que devem ter tido bastante lucro. Em algumas delas era mesmo difícil comprar livros devido à grande afluência.  Por motivos financeiros não foi possível investir em mais livros, mas sempre consegui comprar alguns. Consegui alguns super baratos da antiga Colecção Argonauta, o primeiro volume da Jacqueline Carey, um livro costuma ser um bocado caro e um livro do Barreiros também baratinho.
Nota negativa para os preços praticados a nível geral, cujos descontos não eram realmente relevantes.
Nota positiva para a HORA H com os descontos a 50%.
Nota positiva para algumas preciosidades realmente baratas.

As minhas compras na Feira do Livro:













Na Crista da Onda

CONTOS:

Autor: Luís Filipe Silva
Conto: "Na Crista da Onda"
Publicado: Trëma
Ano: 2012
****
"Na Crista da Onda", publicado na fanzine Trëma, é um conto de ficção científica que apresenta uma aventura no espaço num futuro distante, onde existem colónias além-cintura. Esta ideia inovadora é um relato do ponto de vista de Dan numa contagem decrescente para a maior adrenalina das vidas de Arad, Orey, Soushaska e Dan.
A escrita do autor é muito boa, mas mesmo assim noto alguns altos momentos de grande inspiração e uns pontos menos bons, oscilando entre uma narrativa quase poética e momentos mais normais. Creio que as outras personagens deviam ter sido um pouco mais desenvolvidas, uma vez que fiquei com pena de não saber mais sobre Arad, Orey e Soushaska e sobre as colónias de onde vinham. O desfecho é realmente muito bom.
Recentemente, este conto foi escolhido para integrar a antologia Space Opera III: Aventuras Fabulosas por Universos Extraordinários, o terceiro volume de antologias de ficção científica dedicado ao sub-género da space opera, que é organizado por Hugo Vera e Larissa Caruso.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Deaf Sentence

David Lodge
Deaf Sentence
2008
The subject of enthusiastic and widespread reviews, David Lodge's fourteenth work of fiction displays the humor and shrewd observations that have made him a much-loved icon. Deaf Sentence tells the story of Desmond Bates, a recently retired linguistics professor in his mid-sixties. Vexed by his encroaching deafness and at loose ends in his personal life, Desmond inadvertently gets involved with a seemingly personable young American female student who seeks his support in matters academic and not so academic, who finally threatens to destabilize his life completely havior. What emerges is a funny, moving account of one man's effort towith her unpredictable-and wayward-be come to terms with aging and mortality-a classic meditation on modern middle age that fans of David Lodge will love.

Em português:
Editora: ASA
Tradução: Tânia Ganho

Quando decide pedir a reforma antecipada, o professor universitário Desmond Bates nunca pensou vir a sentir saudades da azáfama das aulas. A verdade é que a monotonia do dia-a-dia não o satisfaz. Para tal contribui também o facto de a carreira da sua mulher, Winifred, ir de vento em popa, reduzindo o papel de Desmond ao de mero acompanhante e dono de casa. Mas o que o aborrece verdadeiramente é a sua crescente perda de audição, fonte constante de atrito doméstico e constrangimento social. Desmond apercebe-se de que, na imaginação das pessoas, a surdez é cómica, enquanto a cegueira é trágica, mas para o surdo é tudo menos uma brincadeira. Contudo, vai ser a sua surdez que o levará a envolver-se, inadvertidamente, com uma jovem cujo comportamento imprevisível e irresponsável ameaça desestabilizar por completo a sua vida.

The Hobbit: The Desolation of Smaug

Já está disponível o primeiro cartaz promocional do segundo filme da trilogia de The Hobbit.  
The Hobbit: The Desolation of Smaug segue as aventuras de Bilbo e dos Anões pela Floresta Tenebrosa sem Gandalf onde encontram aranhas gigantes com as quais têm de lutar e passam um mau bocado como prisioneiros dos Elfos da Floresta, chegando finalmente à Cidade do Lago. Daí, partem para a Montanha Solitária para descobrirem a desolação de Smaug, numa das cenas mais marcantes da história.

sábado, 8 de junho de 2013

Man of Steel

Cinema Fantástico

O último trailer de Man of Steel mostra bastante do que vai acontecer no filme. O espectador pode ver uma sequência quase inteira do planeta do protagonista, a sua chegada à terra, imagens da sua infância, imagens de destruição e de luta, a Lois Lane e a eterna demanda do herói a salvar a amada em perigo, mais imagens de luta e destruição espectaculares... Enfim, o que é que eu afinal vou ver ao cinema? Estas imagens numa sequência lógica com mais alguns detalhes que podem ou não ser relevantes e o Super Homem a salvar mais uma vez a Terra. Não é que eu não o queira ver, que as imagens deixem de ser espectaculares e que o filme possa até não ser bom, mas, sinceramente, era necessário mostrarem tanto nos trailers? Lembro-me de ter acontecido o mesmo com o Sherlock Holmes há algum tempo atrás: vi o trailer e senti que tinha visto o filme quase todo por mais twists e surpresas que pudesse ter na totalidade. As distribuidoras podem querer chamar mais espectadores abrindo-lhes o apetite com imagens e cenas espectaculares dos filmes, mas também deviam esconder, não revelar algumas das coisas mais importantes nos trailers
De qualquer forma, fica aqui o último trailer de Man of Steel:

Perfumes

Hugo Boss - Just Different
O anúncio publicitário conta com Jared Leto para Hugo Boss.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Stephen King, o Senhor do Horror

Autores:
Stephen King [1947-]

Senhor de uma bibliografia bastante extensa, Stephen King é um nome de referência na literatura de horror, que gozou e ainda desfruta de uma enorme popularidade, e cujas obras foram e continuam a ser adaptadas ao cinema e à televisão, sendo que algumas obtiveram enormes sucessos de bilheteira e outras se tornaram bastante icónicas ou ganharam bastante reconhecimento. Mas são os vários prémios que o autor ganhou dentro do género do horror e a quantidade de best-sellers, que provam a sua qualidade e popularidade. Fenómeno de vendas extremamente popular ao longo de três décadas, Stephen King tem mais de setenta livros publicados, encontra-se entre os autores que venderam entre 300 a 350 milhões de cópias e já recebeu vários prémios pelos seus romances e contos dentro do género da fantasia, sobrenatural, horror e suspense.

Stephen King nasceu em 21 de Setembro de 1947 em Portland, no Maine. Segundo filho de Donald e Nellie Ruth Pillsbury King, ficou fascinado pela ficção científica e terror produzidos por Hollywood nos anos 50. Começou a escrever aos 7 anos de idade e aos 12 já submetia histórias para algumas publicações. Despois de estudar na Universidade do Maine em Oronto, onde conhece Tabitha Spruce com quem casou em 1971, leccionou durante algum tempo e empregou-se como operário numa lavandaria, uma vez que a sua vida sempre tinha sido marcada pelas dificuldades financeiras. No entanto, aquando da publicação de Carrie (1973) pela Doubleday, a sua vida ganha um novo ânimo. Em apenas dez anos torna-se num dos autores de horror mais vendidos e populares. The Shining é publicado em 1977 (que seria adaptado ao cinema em 1980 por Stanley Kubrick) e The Stand (1978).

As suas principais influências vêmdo romance gótico e de autores como Bram Stoker, H. P. Lovecraft, Robert E. Heinlein, Richard Matheson e Shirley Jackson. Criou inclusive um pseudónimo sob o qual escreveu contos durante algum tempo, como Rage (1977), Roadwork (1981) e Thinner (1984). O autor escreveu também BD nos anos 80 e criou a série The Dark Tower, uma série de fantasia com elementos de terror que conta com oito títulos desde 1982 até 2012. Em 1996 publicou seis volumes em paperback da série The Green Mile, que seria adaptada ao cinema em 1999 por Frank Darabont, o aclamado realizador de The Shawshank Redemption (1994) e posteriormente de The Mist (2007), ambos baseados em histórias de Stephen King. Depois de um grave atropelamento em 1999, Stephen King teve de ser submetido a várias cirurgias e passou um longo período de recuperação durante o qual escreveu as suas memórias no livro On Writing (1999). Mais recentemente, escreveu Cell (2006) e adaptou alguns dos seus romance a BD, nomeadamente The Dark Tower (2007), The Stand (2008), e The Talisman (2009). Entre os seus últimos romances publicados estão Duma Day (2008), Ur (2009), Under the Dome (2009), Joyland (2013). Anunciou ainda, no seu site pessoal, que está a escrever Doctor Sleep (previsto para ser lançado em Setembro), uma sequela de The Shining, em que revisita a personagem de Danny Torrance agora adulto.
  
A sua popularidade deve-se ao facto de se apresentar em público de forma despretensiosa e de muitos dos seus leitores terem baixas qualificações literárias, pois escreve de um modo simples e acessível. Também os temas abordados nos seus romances o tornam um escritor popular, abordando temas como o alcoolismo, a desintegração familiar, a pedofilia, violência infantil, ou temas populares como a inserção ou falta dela, de jovens americanos na sociedade e temas mais sombrios como o isolamento e a psique humana. Marginalizado e ignorado pela cultura dominante e até considerado um escritor de segunda categoria, o certo é que grande parte dos seus romances foram adaptados ao cinema e à televisão. As suas histórias são muitas vezes consideradas de gosto duvidoso, com um goticismo exagerado e frequente intrusão do sobrenatural nos seus romances, mas mesmo assim a sua popularidade mantém-se constante. Pode dizer-se que Stephen King é um homem e escritor de horror completo, porque como clarifica o próprio autor, que transporta para as suas obras elementos da sua vida real como foi o caso do alcoolismo:

The autobiography of a father, writer, and x-high cchool teacher would make dull reading indeed. I am a writer by trade, which means that the most interesting things that have happened to me have happened in my dreams. But because I am a horror novelist and also a child of my times, and because I believe that horror does not horrify unless that reader or viewer has been personally touched, you will find the autobiographical element constantly creeping in. (King, Danse Macabre, 2010: 26).