O autor, tradutor e crítico literário nasceu em 1956 em Washington, vive em Portugal (Carrapateira) há 25 anos e tem dupla nacionalidade. É licenciado em Letras pela University of Virginia. Viveu na Colômbia, Brasil e França antes de se radicar em Lisboa em 1987 devido a uma bolsa da Fundação Guggenheim para traduzir as cantigas medievais galeco-portuguesas.
Richard Zenith escreveu poemas que foram publicados em revistas Norte-Americanas e contos dispersos de produção original, para além de um livro de contos Terceiras Pessoas, publicado em 2003 pela editora Quasi.
O consagrado tradutor de obras literárias portuguesas para a língua inglesa de autores como Fernando Pessoa, Luís de Camões, Sophia de Mello Breyner Andersen, António Lobo Antunes, José Luís Peixoto e Nuno Júdice, tem sido um divulgador da literatura portuguesa e é, provavelmente, o maior conhecedor da obra de Fernando Pessoa.
O investigador, que está a escrever a biografia de Pessoa, foi um dos curadores da exposição "Fernando Pessoa, Plural como o Universo" que decorreu entre Fevereiro e Maio do presente ano na Fundação Calouste Gulbenkian.
Este ano, o júri foi constituído por Francisco Pinto Balsemão (presidente) e Faria de Oliveira (vice-presidente). Foi ainda composto por Clara Ferreira Alves, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, António Barreto, Rui Baião, Rui Vieira Nery, Diogo Lucena, João Lobo Antunes e José Luis Porfírio. Viriato Soromenho Marques integrou, pela primeira vez, o elenco de jurados. Com esta decisão de distinguir Richard Zenith, o júri salientou o facto de o autor ter "posto o conhecimento acumulado ao longo de décadas ao serviço disciplinado e metódico de uma paixão" e de "com lucidez, Richard Zenith é, não apenas um editor da obra pessoana, uma explicador da heteronímica, mas também o grande tradutor da sua poética para a língua inglesa".
Tradutor de uma das formas de tradução literária mais difíceis, a poesia, Richard Zenith entende a língua portuguesa "na sua dimensão mais profunda da sua evolução e dos segredos e da sua idiossincrasias, levando a palma à maioria esmagadora dos próprios portugueses", segundo o historiador José Sarmento de Matos.
O prémio, que tem o valor de 60 mil euros, é uma iniciativa conjunta do jornal Expresso (do grupo Impresa de que é presidente executivo Pinto Balsemão) e da Caixa Geral de Depósitos que reconhece e visa destacar personalidades da Cultura, Artes e Ciência, cuja obra tenha obtido destaque no panorama nacional.
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