sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A vida é um combate constante

Quando o cansaço chega, as fragilidades do ser são mais notórias. A insegurança aperta como se de uma forca se tratasse e a corda sufoca o ser, estrangula-o e consome-o até não existir quase nada. Os fracos sucumbem, mas os forte alimentam-se, dormem, descansam, motivam o seu ego fragilizado, acordam o orgulho e levantam-se depois de mais um combate. Levam pancadaria outra vez, sangram, quase são aniquilados, mas mesmo no chão, lembram-se que há sempre pior, alguém abaixo, mais infeliz e com mais problemas. Então, erguem-se, como uma fénix de cinzas renascida. Não para uma vida nova. Essa, começa todos os dias, de todas as formas possíveis e imagináveis, que no entanto, não pode ser repetida. Mas sim revitalizados, com uma força vinda não se sabe de onde, do interior de seres mutilados, porque normalmente são as pancadas, as feridas, é o sangue que dá força aos seres e que ajuda a sua continuidade. 
Nesse combate de boxe constante que é a vida, só é necessário levantar-se depois de todas quedas e certificar-se que o oponente cai só mais uma vez. Até se pode cair primeiro, desde que a última queda não seja a nossa. O cansaço, esse adversário que nos derrota tantas vezes, necessita de ser combatido e nós só temos de o fazer durante toda a nossa vida.

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