sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amadora BD

Começa hoje a 23.ª Edição do Festival Amadora BD no Fórum Luís Camões. De 26 de Outubro a 11 de Novembro será possível ver várias exposições, conseguir autógrafos de diversos autores estrangeiros e conhecer os portugueses que se vão destacando na área da Banda Desenhada, assim como novos autores.

Autógrafos:

1º fim-de-semana (27 e 28 Outubro)
Cyril Pedrosa
Mike Deodato Jr.
Mathieu Sapin
Vincent Vanoli

2º fim-de-semana (3 e 4 de Novembro)
Antonio Altarriba
Carol Tyler
Edmond Baudoin
Fabrice Neaud
Justin Green

3º fim-de-semana (10 e 11 de Novembro)
Zep (aliás, Philippe Chapuis)
Caeto
Dominique Goblet
Peter Pontiac

Programa do primeiro fim-de-semana,
26 a 28 de Outubro


26 Out
18h30
Inauguração da exposição
A Pintura de Victor Mesquita
Galeria Municipal Artur Bual

21h30
INAUGURAÇÃO DO AMADORABD
23º AMADORABD 2012 — AUTOBIOGRAFIA — 26OUT 11NOV
NEWSLETTER NÚMERO SEIS — 23/10/2012

27 Out
Inauguração das exposições:

16h00
Maria João Worm,
Prémio Nacional de Ilustração 2011
CASA ROQUE GAMEIRO

17h30
Amadora Cartoon

RECREIOS DA
AMADORA
Com os cartunistas
Varela, de Portugal
e Huseyin Cakmak, do Chipre

19h00
A Peregrinação,
de Fernão Mendes Pinto

CENTRO NACIONAL DE BANDA DESENHADA E IMAGEM - CNBDI

Helder Costa e o Grupo de Teatro A Barraca
apresentam o espectáculo:
Encontro Imaginário
com Fernão Mendes Pinto

VISITAS GUIADAS TEMÁTICAS

27 Out
16h00 – 17h00
Exposição Paulo Monteiro, autor em destaque,
com Paulo Monteiro

17h00- 18h00
Exposição Homem- Aranha: 50 Anos de um Mito,
com Mike Deodato,
por Pedro Mota

28 Out
10h30 – 13h00
O 23º AmadoraBD,
com Nelson Dona, Director do Festival

17h00 – 18h00
Exposição Portugal, Ponto de Partida e de Chegada,
com Cyril Pedrosa,
por Pedro Mota

APRESENTAÇÕES E ENCONTROS
Auditório do Festival

27 Out
15h00
Lançamento do livro Portugal,
de Cyril Pedrosa,
Edições ASA
com Cyril Pedrosa e Maria José Pereira, editora

16h00
Lançamento do álbum
O Baile,
de Nuno Duarte (arg) e Joana Afonso (des),
Kingpin Books
com
Nuno Duarte, Joana Afonso e Mário Freitas, editor
(Nota deste bloguista: a capa do álbum, desenhado por Joana Afonso, está a ilustrar o topo da postagem, por baixo do cartaz do festival, este da autoria de Paulo Monteiro)

28 Out
15h00
Lançamento do livro
Três Sombras de Cyril Pedrosa,
Edições Polvo
com Cyril Pedrosa e Rui Brito, editor

16h00
Apresentação do filme - 6 Curtas de Animação - 6 Frutos de Outono,
de José Miguel Ribeiro,
com a presença do realizador José Miguel Ribeiro.

17h00
Encontro/debate sobre o projecto
"Comic Transfer"
com Ricardo Cabral,
Sven Mensing, do Goethe Institut,
e Nelson Dona, director do AmadoraBD.
Na ocasião será apresentado um documentário realizado sobre a intervenção gráfica de Till Laβmann na Amadora.

AMADORA BD JÚNIOR
Sábados e Domingos de manhã
no Fórum Luís de Camões

Domingos e feriado
10h30
HORA DO CONTO
Os contos de sempre para os meninos de hoje
O Macaco do Rabo Cortado,
de António Torrado e Mª João Lopes, Civilização Ed.
O Lobo Prateado,
de Ana Afonso, Isabel Alçada e Ana Mª Magalhães, Ed. Caminho

Sábados, Domingos e feriado
10h30 - 12h30 e 16h00 - 18h00

PINTURAS FACIAIS
"É só escolher a pintura que mais gostas e o resto fica por nossa conta".
Todos os produtos são adequados e antialérgicos.
Sábados, Domingos e feriado
10h30 - 12h30 e 16h00 - 18h00
MODELAGEM DE BALÕES
De todos os tamanhos e feitios em forma de flores, espadas, cães, chapéus, corações… para distribuir às crianças.
OFICINAS
3 e 10 de Novembro
10h30 - 12h30
CINEMA DE ANIMAÇÃO
Vem conhecer e experimentar os jogos óticos e as técnicas do cinema de animação vais ver como é divertido fazer um filme.
Exercício 1: Animação em tiras de papel para Zootrópio (desenho)
Exercício 2: Animação em pixilação
Exercício 3: Animação direta sob a câmara, com recortes e objetos

Sábados, Domingos e feriado
10h30 - 12h30 e 15h00 - 18h00
ORIGAMI
A partir de uma folha de papel podes criar as figuras que quiseres. Vem conhecer o origami, uma arte ancestral japonesa.

Sábado
10h30 – 12h30
BARALHO DE CONTOS
Aqui podemos reinventar o mundo! Escolhemos o cenário e as personagens. Até parece magia.
Baseado no livro
O Lobo Prateado,
de Ana Afonso, Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, Editorial Caminho.

Domingo
10h30 – 12h30
(ES)PICASSA-TE
Pablo Picasso esteve na origem do movimento cubista. Através do desenho, registou no plano (2d) o movimento e o volume do que é tridimensional (3d).
"Queres saber como o fazia?
Gostarias de saber mais sobre este mestre?
Vamos conhecer um pouco melhor este artista".
Baseado no livro
Paris na Primavera com Picasso,
de Joan Yolleck e Marjorie Priceman, Gradiva.

Actualização constante: Facebook - Amadora BD

Deslumbrante Fantasia (4)


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Wuthering Heights

Emily Brontë
Wuthering Heights
1847


Wuthering Heights is a wild, passionate story of the intense and almost demonic love between Catherine Earnshaw and Heathcliff, a foundling adopted by Catherine's father. After Mr Earnshaw's death, Heathcliff is bullied and humiliated by Catherine's brother Hindley and wrongly believing that his love for Catherine is not reciprocated, leaves Wuthering Heights, only to return years later as a wealthy and polished man. He proceeds to exact a terrible revenge for his former miseries. The action of the story is chaotic and unremittingly violent, but the accomplished handling of a complex structure, the evocative descriptions of the lonely moorland setting and the poetic grandeur of vision combine to make this unique novel a masterpiece of English literature.

Brave New World

Aldous Huxley
Brave New World
1932


Far in the future, the World Controllers have finally created the ideal society. In laboratories worldwide, genetic science has brought the human race to perfection. From the Alpha-Plus mandarin class to the Epsilon-Minus Semi-Morons, designed to perform menial tasks, man is bred and educated to be blissfully content with his pre-destined role.
But, in the Central London Hatchery and Conditioning Centre, Bernard Marx is unhappy. Harbouring an unnatural desire for solitude, feeling only distaste for the endless pleasures of compulsory promiscuity, Bernard has an ill-defined longing to break free. A visit to one of the few remaining Savage Reservations where the old, imperfect life still continues, may be the cure for his distress…

Aldous Huxley' s most enduring masterpiece is a fantasy of the future that sheds a blazing critical light on the present and brings questions about human conditions and perfect societies on a dystopian world.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A Hora do ÓDIO

Venho por este meio, manifestar todo o meu ódio para com as pessoas que ouvem música em altos berros nos telemóveis nos transportes públicos e impingem os seus gostos musicais (duvidáveis) ao resto dos passageiros.
É que inventaram uma coisa maravilhosa que se chama "fones", e podem evitar o constrangimento de incomodar os resto dos passageiros. E até são baratos, normalmente podem ser adquiridos por uns meros 10€ em lojas de electrónica e multimédia.

Por isso:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Deliciosa Leitura Fantástica (5)

"Que tenho eu?, me pergunto também", pensou Bilbo, enquanto ofegava e ia avançando aos tropeções. Meteu a mão esquerda na algibeira. O anel estava muito frio quando se introduziu no seu indicador tacteante.

...

- Maldito! Maldito! Maldito! - praguejou Gollum. - Maldito o Baggins! Desapareceu! Que tem nas algibeiras? Oh, nós calculamos, meu precioso. Encontrou-o, sim deve tê-lo encontrado. O meu presente de aniversário.

J. R. R. Tolkien, O Hobbit

The Walking Dead

A SÉRIE FANTÁSTICA DO MÊS (1)

The Walking Dead (AMC)
Estreia: 14 de Outubro; 17 de Outubro em Portugal
Com: Andrew Lincoln (Rick Grimes), Sarah Wayne Callies (Lori Grimes), Laurie Holden (Andrea), Steve Yeun (Glenn), Chandler Riggs (Carl Grimes), Jon Berthal (Shane Walsh), Jeffrey DeMunn (Dale Horvath), Norman Reedus (Daryl Dixon), Lauren Cohen (Maggie), Melissa McBride (Carol), IronE Singleton (Theodore "T-Dog" Douglas), Michael Rooker (Merle Dixon), Scott Wilson (Hershel Greene), Danai Guira (Michonne), David Morrissey (The Governor)

O regresso da série The Walking Dead está agendado para hoje, dia 14 de Outubro nos E.U.A. e dia 17 de Outubro em Portugal na FOX. Baseada na banda desenhada de Robert Kirkman, Tony Moore e Chalie Adlard, a série foi desenvolvida para televisão por Frank Darabont e produzida pelos AMC Studios e tem recebido boas críticas e conquistado muito fãs.
The Walking Dead é uma série de horror e drama pós-apocalíptica, que conta a história de um pequeno grupo de sobreviventes após um apocalipse de zombies que não se sabe bem como começou. A maior parte dos acontecimentos tem lugar na área metropolitana de Atlanta e nas redondezas da Georgia do Norte, conforme o grupo procura uma lugar seguro para se refugiar e sobreviver à avalanche de zombies referidos como walkers que devoram tudo o que encontram vivo e cujas dentadas infectam os humanos. O enredo foca principalmente os dilemas que o grupo enfrenta numa luta contra os walkers ávidos de carne fresta e procuram equilibrar a humanidade com a sobrevivência enquanto lutam e procuram lidar com as mortes dos seus familiares e amigos, ao mesmo tempo que encontram outros sobreviventes que são também predadores. O grupo é liderado por Rick Grimes que era um polícia antes dos terríveis acontecimentos. Numa sociedade em que as estruturas colapsaram e em total regressão, as leis já não se aplicam e a sobrevivência é o mais importante, mesmo dentro de um grupo que tenta lidar o melhor que pode com o constante horror de um possível ataque e com a necessidade de dinamizar o grupo.

Primeira Temporada
A primeira temporada que teve somente seis episódios, apresentou ao mundo Rick Grimes, que acorda no hospital sozinho e abandonado e sem ideia nenhuma que está acontecer um apocalipse zombie. Uma das cena iniciais da série em que Rick mata uma criança zombie, assim como a imagem do cavaleiro solitário a entrar a cavalo numa Atlanta fantasma deixada ao abandono e completamente infestada de walkers, são as imagens que marcam o início da série. A partir daqui, entra-se numa alucinante aventura onde Rick conhece Glenn e o resto do grupo que em breve será 'seu' grupo e onde reencontra a mulher Lori, o filho Carl e Shane, antigo colega de trabalho e melhor amigo.
Ao longo destes seis episódios bastante consistentes conhece-se as personagens, o seu passado e a forma como chegaram àquele momento e os laços que os une. Desde os rides à cidade, a adaptação à nova realidade, alguns clichés inevitáveis e um ataque ao acampamento que provoca várias mortes inesperadas, o grupo vê-se obrigado a seguir para o CDC, um local que devia ser seguro e onde descobrem como o vírus ataca e se espalha mas não tem cura. Para além disso acabam por ter de fugir do local, pois o Dr. Edwin Jenner programou o computador para destruir o complexo. De destacar a personagem de Andrea pela sua densidade e Daryl (que não fazia parte da BD) pela sua descontracção, que conquistaram o público, assim como o momento em que deixam Merle algemado no topo de um prédio a gritar de desespero. A série tem alguns momento diferentes da BD, mas mesmo assim teve grande impacto e conquistou o público. 

Segunda Temporada
A Segunda Temporada começa com a fuga dos sobreviventes do CDC e abre logo com dois dramas: o desaparecimento de Sophia e o filho de Rick a ser alvejado por um caçador sem querer, e a posterior chegada à quinta de Hershel que o consegue salvar. Apesar da série perder um pouco de ritmo, os acontecimentos na quinta e nos arredores continuam a prender o público e, desta forma, pode-se conhecer e desenvolver melhor as personagens. Ao longo dos treze episódios, conforme a tensão aumenta e são colocadas várias questões essenciais num mundo em colapso, vai-se descobrindo o caminho que as várias personagens vão seguir; assim como a constante tensão entre Rick e Shane aumenta e culmina com a morte de um deles no final da série. 
De destacar quatro momentos: quando Shane deixa Ottis para trás para sobreviver num fabuloso momento da série e que é um forte indicador do caminho que a personagem vai tomar; quando o celeiro é aberto e Sophia sai de lá zombie; a cena no bar quando vão buscar Hershel bêbedo e Rick não hesita em eliminar a ameaça que encontra; e a inesperada morte de Dale (que tinha sido a personagem mais constante ao longo da duas temporadas e quem mais esperança dava de que o mundo ainda podia ter algum valor). O palpável desconforto entre algumas personagens, os momentos de romance e o triângulo amoroso desencadeado pela gravidez de Lori (já vislumbrado na primeira temporada) são alguns pontos na evolução da história. Depois, com um último episódio de cortar a respiração, The Wlaking Dead deixa muita coisa em aberto para a terceira temporada. O duro discurso de Rick, a asfixiante perseguição de Andrea (que parecia estar num jogo de playstation), mortes, walkers, mais walkers e a grande revelação que muita gente já esperava, que já estão todos infectados, basta morrer para virar walker, trouxe o melhor e mais empolgante episódio da série.

Terceira Temporada
A maior novidade é que a Terceira Temporada terá 16 episódios divididos em duas partes e irá passar-se sobretudo dentro da prisão que supostamente devia trazer algum conforto e protecção ao grupo. Trará novas personagens bastante interessantes como é o caso de Michonne que mata zombies com uma espada e aparece com dois walkers acorrentados e meio domesticados. Trará também de volta Merle Dixon que na primeira temporada tinha ficado preso no topo de um prédio, vamos ficar a saber como conseguiu escapar. E, finalmente, iremos conhecer o Governador, personagem que só aparece na BD The Walking Dead Vol. 5: The Best Defense, mas que será um dos momentos mais aguardados desta temporada. Resta saber se vai ser um Governador como na BD...uma das personagens mais violentas, loucas e desequilibradas que já alguma vez vi.

 

sábado, 13 de outubro de 2012

Ridley Scott

Parece que Ridley Scott sempre vai avançar com Blade Runner 2. O filme já está a ser feito e desta vez conta com uma protagonista, para além do apoio do argumentista do primeiro, Hampton Francher; no entanto, não se sabe ainda se Harrison Ford irá regressar ou não.
Há também a possibilidade de realizar um Prometheus 2.
Na minha opinião, o Sr. Ridley Scott devia deixar as suas obras primas: AlienBlade Runner quietas, procurar projectos originais e deixar-se de sequelas e prequelas, mas, a ver vamos o que dali vai sair. Espero, sinceramente, que o buraco não seja tão grande como foi com o Prometheus...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Frankenstein de Mary Shelley

Mary Shelley
Frankenstein
1819

Mary Shelley began writing Frankenstein when she was only eighteen. At once a Gothic thriller, a passionate romance, and a cautionary tale about the dangers of science, Frankenstein tells the story of committed science student Victor Frankenstein. Obsessed with discovering the cause of generation and life and bestowing animation upon lifeless matter, Frankenstein assembles a human being from stolen body parts but; upon bringing it to life, he recoils in horror at the creature's hideousness. Tormented by isolation and loneliness, the once-innocent creature turns to evil and unleashes a campaign of murderous revenge against his creator, Frankenstein.

Frankenstein, an instant bestseller and an important ancestor of both the horror and science fiction genres, not only tells a terrifying story, but also raises profound, disturbing questions about the very nature of life and the place of humankind within the cosmos: What does it mean to be human? What responsibilities do we have to each other? How far can we go in tampering with Nature? In our age, filled with news of organ donation genetic engineering, and bio-terrorism, these questions are more relevant than ever.

Fonte: Goodreads - Frankenstein

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

À Boleia pela Galáxia

Douglas Adams
1979

Segundos antes da Terra ser destruída para dar lugar a uma auto-estrada intergaláctica, o jovem Arthur Dent é salvo pelo seu amigo Ford Perfect, um alienígena disfarçado de actor desempregado.
Juntos, viajam pelo espaço na companhia do presidente da galáxia (ex-hippie, com 2 cabeças e 3 braços), Marvin (robot paranóico com depressão aguda), e Vest Voojagig (antigo estudante obcecado com todas as canetas que comprou ao longo dos anos).

Onde estão essas canetas? Porque nascemos? Porque morremos? Porque passamos tanto tempo entre as duas coisas a usar relógios digitais? Se quer obter estas respostas, estique o polegar e apanhe uma boleia pela galáxia.

George R. R. Martin

George R. R. Martin deu uma grande entrevista no Blogue Adria's News sobre A Song of Ice and Fire, a série televisiva Game of Thrones e vários outros assuntos com opiniões e pequenos vislumbres sobre o futuro. Ficam aqui algumas das suas respostas/ideias...

Science fiction was my first love, even before fantasy.


I think a good story is timeless and I see it in my books signings.

I hate the omniscient viewpoint because none of us have an omniscient viewpoint; we are alone in the universe.

When I finish this saga I will be judged for the quality of the books, not for the speed of my writing.

For me, writing a book is like a long journey, and like any trip, I know the point where I start the journey and the point I wanna get to.

Prophecies are, you know, a double edge sword. You have to handle them very carefully; I mean, they can add depth and interest to a book, but you don’t want to be too literal or too easy...

It was always my intention: to play with the reader’s expectations.

Fantasy requires more magnificent structures so I exaggerated the attributes of Hadrian’s Wall.

No. My work is not an allegory to our days. If I wanted to write about the financial crisis or the conflict in Syria, I would write about the financial crisis or the conflict in Syria, without any metaphor. However, it’s true that in my novels appear several elements which we can find in world history. Things such as power, sex, pain…

Science fiction, then, presented an idealistic world: the space, a bright future, but unluckily that optimism disappeared very quickly and the future wasn’t as good as we had expected. Nowadays, science fiction is very pessimistic and talks about dystopias: about a polluted world, about a rotten world…


Entrevista: Adria's News

Pedro, Lembrando Inês

Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?" Mas ensinaste-me 
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou, 
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isso o amor: 
ver-te mesmo quando não te vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo 
que o tempo rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.

Nuno Júdice, Pedro, Lembrando Inês

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Clube de Leitura Bertrand do Fantástico






O Clube de Leitura Bertrand do Fantástico estará de volta no início de Outubro e já foram revelados quais os livros e os convidados das próximas três sessões: Outubro, Novembro e Dezembro. Assim, será mais fácil ler os livros sugeridos a tempo. 
O convidado especial no mês de Outubro será Bruno Martins Soares, autor de A Saga de Alex 9. Para o mês de Novembro o convidado será o escritor brasileiro Eduardo Spohr, autor de A Batalhado Apocalipse. E no mês de Dezembro o convidado será o escritor João Leal, autor do livro Alçapão.
Os livros serão, na sessão de 12 de Outubro A Mulher do Viajante do Tempo de Audrey Niffenegger, na sessão de Novembro será Brasyl de Ian McDonald e na sessão de Dezembro será Lord of Light de Roger Zelazny. 

12 de Outubro
A Mulher do Viajante do Tempo de Audrey Niffenegger

Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo arrebatador, que alia a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo, que para Henry assume contornos estranhamente inusitados - Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer para uma data e um local inesperados. Uma obra inesquecível, que retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo.

O convidado é Bruno Martins Soares que nasceu em Lisboa em 1971, escreve ficção desde os doze anos e ganhou uma menção honrosa no Concurso Nacional de Jovens Criadores em 1994 e outra em 1996.
É licenciado em Gestão de Empresas pela European University e actualmente é Practice Leader de Change & Internal Communications na Hill & Knowlton Portugal. Já colaborou regularmente em jornais e revistas nacionais e estrangeiros, como o Diário de Notícias, Ideias & Negócios, o Washington Post e o Jane's Defence Weekley.
O autor irá falar de A Saga de Alex 9 que junta a trilogia A Guardiã da Espada, A Coroa dos Deuses e A magia dos Ventos e que foi lançado recentemente.

Mais informações aqui.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Deliciosa Leitura Fantástica (4)

Calculou o melhor que pôde e arrastou-se um bom bocado, até que, de repente, a sua mão encontrou o que, pelo tacto, lhe pareceu um pequeno anel de metal frio caído no chão do túnel. Foi um ponto de viragem na sua carreira, mas ele não o soube. Meteu o anel na algibeira, quase sem pensar, certamente não lhe pareceu de qualquer utilidade particular, naquele momento.

J. R. R. Tolkien, O Hobbit

sábado, 6 de outubro de 2012

The Hunger Games

Consegui finalmente ler o livro The Hunger Games. O filme está bom e é fiel ao livro, mas o prazer da leitura é sempre mais satisfatório, tem pormenores interessantes e é possível perceber melhor a visão da protagonista, para além de permitir uma visualização mais alargada da história.

The Hunger Games
Autora: Suzanne Collins
Ano: 2008

Nas ruínas de um país outrora chamado América do Norte, encontra-se a nação de Panem, com um Capitol resplandecente  rodeado por 12 distritos distantes. O Capitol é duro e cruel e mantém os 12 distritos em linha ao forçá-los a participar nos Jogos da Fome anualmente, um programa de sobrevivência até à morte transmitido em directo na TV. Um rapaz e uma rapariga entre os 12 e os 18 anos são seleccionados através de uma lotaria para jogarem os Jogos da Fome, que foram concebidos para lembrar ao povo a destruição do rebelde Distrito 13, para impor o poder do Capitol e incutir o medo na população impotente e com poucos meios de sobrevivência.
Katniss Everdeen, de dezasseis anos, vive no pobre Distrito 12 com a mãe e a irmã e vê os Jogos da Fome como uma sentença de morte, mas voluntaria-se para os os jogos quando o nome da sua irmã, Primerose, de apenas doze anos, é seleccionadi. Katniss é uma lutadora e a sobrevivência sempre fez parte da sua natureza, e com uma estratégia que ela ainda não entende bem, torna-se uma séria candidata à vitória. Mas se ela realmente quiser vencer, terá de fazer escolhas que colocam a sobrevivência contra a humanidade ou a vida contra o amor e ainda terá de esconder muito bem o seu desejo de desafiar o Capitol e o conceito dos Jogos da Fome.
A sobrevivência é o tema mais constante neste mundo apocalíptico, mas Suzanne Collins coloca também suspense, aventura, romance e o eterno desafio do povo reprimido contra um regime autoritário dominante e estabelece um paralelo com um futuro eminente.

Crítica aqui.

The Hunger Games

Suzanne Collins
The Hunger Games
2008

Crítica:
Parece que as distopias futuristas apocalípticas estão mesmo na moda e The Hunger Games contribuiu com  vários factores para o sucesso deste género (pode ser que eclipse um pouco a avalanche de livros sobre vampiros que tem inundado as prateleiras das livrarias - mas não em demasia - uma vez que sempre que surge algo que vende, a tendência é o exagero).

The Hunger Games é primeiro livro de uma trilogia com o mesmo nome que fica completa com Catching Fire e Mockingjay (que ainda não li - já estão na estante à espera) da autora Suzanne Collins, que foi várias vezes acusada de se inspirar na história Battle Royale escrita por Koushun Takami, publicada em 1999 e adaptada em 2000 para filme pelo realizador Kinji Fukasako, o filme que Tarantino disse que gostava de ter realizado.

The Hunger Games capta o interesse do leitor pelos vários temas abordados ao longo do livro, que são muito actuais, apesar de a história se passar num futuro distante apocalíptico. A autora criou uma história forte e coloca uma crítica implícita ao mundo dos reality shows, à ameaça de guerra, a regimes autoritários ou ainda à, cada vez maior, obsessão com a moda que influência a vida de muitos no dia-a-dia.

Pelo que consta, este primeiro livro não revela por completo o funcionamento de Panem, mas fica-se a saber que esta sociedade autoritária foi o resultado de um desastre horrível durante os Dias Negros e que resultou no estabelecimento dos 12 Distritos sob o governo do Capitol. Foram instalados governos locais e pacificadores em cada distrito, mas as regras do Capitol têm um controlo apertado em tudo e todos em cada distrito. Cada distrito tem a sua especialidade que beneficia o Capitol, como a agricultura, minério ou peixe e alguns fornecem energia ou bens materiais para manter o Capitol, cujos habitantes estão somente preocupados com as últimas modas e boas formas de diversão num mundo luxuoso e sem quaisquer dificuldades. Os Jogos da Fome são a tradição anual que servem para divertir os cidadãos do Capitol, mas também para preservar o controlo sob os distritos e demonstrar o domínio do Capitol. Todos os anos, os 12 distritos devem enviar dois representantes, um rapaz e uma rapariga, como 'tributos' para fazer o povo creditar que é uma honra representar o seu distrito, apesar de a maior parte das pessoas viver com medo de ser seleccionado. Toda a nação deve ver os jogos em directo numa arena onde os 24 concorrentes devem lutar até à morte quando só permanecer um vencedor, que ficará muito rico. O governo criou o derradeiro reality show, que é complementado com desafios tecnológicos e uma monitorização completa dos movimento dos participantes.

A história é contada toda do ponto de vista de Katniss Everdeen, que vive no Distrito 12, o que está mais longe do Capitol, com a sua mãe e irmã e que desde cedo tem alimentado a sua família devido à morte do pai numa explosão nas ninas onde trabalhava. Tem caçado ilegalmente para lá das fronteiras do Distrito 12 e utilizado a caça que apanha para alimentar a família ou negociar trocas. Katniss é especialista com o arco e flecha e também sabe montar armadilhas, para além de ter um vasto conhecimento sobre plantas e frutos selvagens; tem desta forma mantido a família, mas também se tem inscrito na tessera, uma ração de cereais que são dados em troca de colocar o seu nome na lotaria para colheita, na cerimónia que determina quem vai representar o distrito nos Jogos da Fome. O nome de todos os cidadãos entre os 12 e os 18 são colocados na lotaria e cada vez que Katniss troca o seu nome pela tessera, aumenta as probabilidades de ser escolhida.

Mas este ano, o nome escolhido é Primrose Everdeen, a irmã que Katniss ama acima de todos, que só tem 12 anos, que é calma, amorosa e frágil. Katniss voluntaria-se como tributo pelo Distrito 12 para salvar a irmã. Peeta Mellark, o filho dos padeiro, é o outro representante do Distrito 12, a quem Katniss deve a sua sobrevivência na altura mais difícil da sua vida, pois foi graças a ele que ela e a família não morreram de fome e foi também isso que lhe deu coragem para começar a caçar e providenciar alimento. Katniss despede-se da irmã que adora, pede à mãe para se manter forte e não cair na mesma apatia como quando o pai morreu e deixou as filhas quase a morrer e despede-se do seu melhor amigo, confidente e companheiro de caça, Gale. Ela e Peeta são transportados num comboio de alta-velocidade de luxo para o Capitol, acompanhados por Effie (a extravagante representante do Capitol no Distrito 12) e Haymitch (o único tributo vencedor do Distrito 12) que deve aconselhar e treiná-los para a competição, mas Haymitch é um alcoólico que não parece muito preocupado em ajudá-los. Finalmente no Capitol, Katniss conhece Cinna e Portia que tratam do seu guarda-roupa e maquilhagem e graças à sua originalidade conseguem captar a simpatia da audiência com as chamas nos seus fatos, e começa os treinos e uma estratégia para conseguir sobreviver e conquistar patrocinadores.

A leitura é fácil, intensa e rápida e há bastante acção; a escrita é simples e directa; e a acção desenrola-se sem grandes demoras. Com temas bastante apelativos como os sacrifícios dos oprimidos, um governo autoritário ou a luta pela liberdade pessoal, para além da violência e as emoções fortes, um triângulo amoroso cliché ou a rapariga 'Wilhelm Tell' com arco e flecha num futuro apocalíptico, tudo funciona bem. Katniss é forte e resistente, cheia de recursos, é ela que toma conta de Peeta e o ajuda a sobreviver, é ela que o salva. Não estamos perante a típica história da menina indefesa que tem de ser salva pelo rapaz forte que vem sempre em auxilio da donzela em apuros. Aliás, Katniss é uma ameaça aos outros concorrentes, desde que conquistou um 11 na avaliação dos talentos dos concorrentes que é um alvo a abater desde o início dos jogos. Apesar de muita sorte à mistura, ela vai conseguindo sobreviver, mas é óbvio que o grande objectivo da autora seria sempre o desafio ao regime autoritário imposto através dos jogos e aquela bagas venenosas serviram perfeitamente o propósito.

Li algures a expressão 'primitivismo pop' para descrever este mundo que teve tanto sucesso e não posso deixar de concordar. Os nomes Seneca e Claudius remontam à Grécia e Roma antiga, uma época de gladiadores e lutas. Isto, aliado aos reality shows de sobrevivência para adolescentes, confere-lhe um tom um pouco pop. Há quem ainda estabeleça uma ligação com Lord of the Flies de William Golding, o que não deixa de ser um pouco verdade, pois trata-se de sobrevivência em condições extremas e da sobrevivência do mais forte. A autora dá relevância aos jovens, que embora se sintam e sejam vítimas, lutam pela sobrevivência e pelos ideais, tornam-se importantes. O sucesso do livro entre leitores e uma adaptação ao cinema relativamente boa, contribuíram definitivamente, para que esta distopia futurista ficasse na moda e nas listas dos mais procurados e vendidos na literatura para jovens adultos. 

Deliciosa Leitura Fantástica (3)

Quando espreitou no meio dos relâmpagos viu que do outro lado do vale os gigantes de pedra tinham saído e arremessavam rochas uns aos outros, num jogo, e as apanhavam a atiravam para baixo, para a escuridão, onde se quebravam entre as árvores, lá muito no fundo, ou se desfaziam em pequenos fragmentos, com um bang!

J. R. R. Tolkien, O Hobbit

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ursula K. Le Guin

Ursula Kroeber Le Guin nasceu na Califórnia em 1929. Desde cedo se interessou por mitos e lendas e começou a escrever aos 11 anos. É filha do antropólogo Alfred Kroeber e da escritora Theodora Kroeber e frequentou Radclife College e a Universidade de Columbia; mais tarde casou em Paris com o historiador Charles Le Guin. Escritora de romances, poesia, livros infantis, ensaios e contos, é mais conhecida pelas suas obras de fantasia e ficção científica. 

Ao longo da sua carreira já venceu cinco Hugo Awards, seis Nebulas, dezanove Locus, um Lifetime Achievement em 1995 nos World Fantasy Awards, para além de ter conseguido em 1979 um Gandalf Grand Master e em 2003 um Science Fiction and Fantasy Wirters of America Grand Master.

As suas obras exploram aspectos do taoísmo, anarquismo, etnografia, política, género, psicologia e sociologia, estando entre as mais conhecidas e aclamadas The Left Hand of DarknessThe Dipossessed (ambas de Ficção Científica) e The Earthsea Quartet (Fantasia), que inclui os quatro livros cujas histórias se desenrolam no mundo de Earthsea.

Em Inglês:
Romances
The Lathe of Heaven, 1971
Very Far Away from Anywhere Else, 1976
The Eye of Heron, 1978
Malafrena, 1979
The Beginning Place, 1980
Always Coming Home, 1985
Searoad: Chronicles of Klatsand, 1991
A Ride on the Red Mare's Back, 1992
Changing Planes, 2003
Lavinia, 2008

Hainish Cycle:Planet of Exile, 1966
Rocannon's World, 1966
City of Illusions, 1967
The Left Hand of Darkness, 1969
The Dispossessed, 1974
The Word for World is Forest, 1976
Four Ways To Forgiveness, 1995
Worlds of Exile and Illusion (Omnibus) 1996
The Telling, 2000

Earthsea:
A Wizard of Earthsea, 1968
The Tombs of Atuan, 1970
The Farthest Shore, 1972
Tehanu, 1990
The Other Wind, 2001
Tales From Hearthsea, 2001

Publicado em Portugal:
Ciclo Terramar
O Feiticeiro e a Sombra, 1968
Os Túmulos de Atuan, 1971
A Praia Mais Longínqua, 1972
Tehanu, o Nome da Estrela, 1990
Um Vento Diferente, 1991

Ciclo de Hainish (Ecumério)
O Mundo de Rocannon, 1966
Planeta do Exílio, 1966
A Cidade das Ilusões, 1967
A Mão Esquerda das Trevas, 1969
Os Despojados, 1974
Floresta é o Nome do Mundo, 1976
O Dia do Perdão, 1995

Outros:
O Tormento dos Céus, 1971
Tembreabrezi - O Lugar do Início, 1980
Expulsos da Terra, 1984
Lavínia, 2008
A Rosa-dos-Ventos, 1982 (Colectânea de Contos)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Feeling Good

As músicas da minha vida (10)
  
Nina Simone [1933-2003]
"Feeling Good"
Álbum: I Put a Spell on You
1965

"Feeling Good" foi escrita por Anthony Newly e Leslie Bricusse para o musical de 1965, The Roar of the Greasepaint - The Smell of the Crowd, cuja versão foi originalmente cantada por Cy Grant. Esta versão da Nina Simone já é uma cover. Posteriormente, os Muse também fizeram uma cover, assim como Michael Bublé (curiosamente, cantores e versões que também gosto muito). 

 

Felling Good

Birds flying high you know how I feel

Sun in the sky you know how I feel
Breeze driftin' on by you know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good
Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
Blossom on the tree you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good
Dragonfly out in the sun you know what I mean, don't you know
Butterflies all havin' fun you know what I mean
Sleep in peace when day is done
That's what I mean
And this old world is a new world
And a bold world
For me

Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Oh freedom is mine
And I know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good
I'm feeling good

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

The Catcher in the Rye

J. D. Salinger
1951

É um dos livros mais aclamados e lidos de sempre e costuma figurar sempre nas listas de literatura mundial, mas mais do que isso, é uma obra literária de valor inconfundível que retrata a vida de um adolescente paranóico que está a entrar na idade adulta e se sente defraudado pelo mundo e pelas pessoas.

The hero-narrator of THE CATCHER IN THE RYE is an ancient child of sixteen, a native New Yorker named Holden Caulfield. Through circumstances that tend to preclude adult, secondhand description, he leaves his prep school in Pennsylvania and goes underground in New York City for three days. The boy himself is at once too simple and too complex for us to make any final comment about him or his story. Perhaps the safest thing we can say about Holden is that he was born in the world not just strongly attracted to beauty but, almost, hopelessly impaled on it. There are many voices in this novel: children's voices, adult voices, underground voices-but Holden's voice is the most eloquent of all. Transcending his own vernacular, yet remaining marvelously faithful to it, he issues a perfectly articulated cry of mixed pain and pleasure. However, like most lovers and clowns and poets of the higher orders, he keeps most of the pain to, and for, himself. The pleasure he gives away, or sets aside, with all his heart. It is there for the reader who can handle it to keep.

The Monk

Matthew Gregory Lewis
1796

‘Few could sustain the glance of his eye, at once fiery and penetrating’

Savaged by critics for its supposed profanity and obscenity, and bought in large numbers by readers eager to see whether it lived up to its lurid reputation, The Monk became a succès de scandale when it was published in 1796 – not least because its author was a member of parliament and only twenty years old. It recounts the diabolical decline of Ambrosio, a Capuchin superior, who succumbs first to temptations offered by a young girl who has entered his monastery disguised as a boy, and continues his descent with increasingly depraved acts of sorcery, murder, incest and torture. Combining sensationalism with acute psychological insight, this masterpiece of Gothic fiction is a powerful exploration of how violent and erotic impulses can break through the barriers of social and moral restraint.

Fonte: Goodreads - The Monk